quarta-feira, 30 de abril de 2014

N-ã-o h-á d-i-n-h-e-i-r-o. Percebem agora?!

Por em 2012 ter excedido o limite de endividamento, o Município de Vila Viçosa vai perder mais de 20.000 euros todos os meses até perfazer 188.485 euros. O valor que o executivo de então se endividou a mais do que legalmente lhe era permitido. Não é caso único. Outros municípios foram colocados na mesma situação por autarcas que pouco ligam a essa coisa das leis. Nomeadamente àquelas que os obrigam a gerir ajuizadamente o dinheiro que, ao contrário daquilo que pensam, não é deles.
O mundo mudou. Mas, infelizmente, poucos parecem perceber isso. Hoje não há no país recursos financeiros para continuar o desvario em que vivemos durante muitos anos. Por mais que autarcas, funcionários e habituais clientes dos cofres municipais se esforcem por não entender.

terça-feira, 29 de abril de 2014

E depois disto vai continuar a não pedir factura com NIF?

Tal como um comentador deste blogue aqui tinha escrito, a restauração – e outros sectores, provavelmente, também - está a dar a volta aos programas de facturação. O esquema será, alegadamente, simples. É tudo registado e facturado mas ao final do dia, quando se fecha a caixa, corre-se um software que permite excluir as facturas que entretanto foram emitidas.
Este procedimento – criminoso, diga-se - evita que o iva pago pelos clientes seja entregue ao Estado. Um café, por exemplo, que custa sessenta cêntimos tem incorporado no preço onze cêntimos de IVA que, naturalmente, não é dinheiro do comerciante mas sim um imposto pago pelo cliente e que terá de ser entregue à Autoridade Tributária. Não sendo é evidente que estamos perante uma apropriação indevida do dinheiro pago pelo consumidor.
Claro que os taberneiros apenas apagam as facturas sem NIF. Não são parvos e, obviamente, não vão arriscar apagar as outras. É que quem pediu factura com número de contribuinte pode sempre regista-las se estas não aparecerem no seu espaço pessoal do e-factura. Mas isso, a julgar pelos comentários que vou lendo e ouvindo, para muitos portugueses ainda parece constituir um reprovável acto de delação.
Não me surpreende que, quem pode, faça tudo para fugir ao fisco. Está no ADN dos povos atrasados do sul da Europa. O que me espanta é a condescendência com que nós, os que pagamos impostos e os que são vitimas dos cortes do Estado, encaramos o facto. Temos uma estranha dificuldade em perceber que somos nós que estamos a ser roubados.
Exigir factura com NIF é a única maneira de não ser cúmplice de um crime. Por mim peço sempre. É que, no meu modesto entender, só assim terei “boca para falar” quando reclamo das malfeitorias dos governos e das troikas desta vida. E chamem-me o que quiserem. Bufo, pide, fiscal e o que mais se lembrarem. Otário, não serei de certeza. 

segunda-feira, 28 de abril de 2014

O melhor é fechar dois terços do país e deitar a chave fora.

Vem aí mais uma leva de encerramentos de serviços públicos. Escolas, repartições de finanças e serviços hospitalares. Entre outros. Vai tudo a eito.
No Alentejo não sobejam muitas mais escolas para fechar. Só resta uma ou outra aldeia que ainda mantém a sua escola primária com uma dúzia de alunos. Às vezes nem isso.
Finanças fecham quase todas. Provavelmente, nos três distritos alentejanos, vão chegar os dedos das mãos para contar todas as que irão manter as portas abertas.
Maternidades, parece, vão encerrar as dos hospitais de Portalegre e Beja. Quem quiser parir terá de o fazer em Évora. Ou então que faça em casa, assistida pela comadre como acontecia noutros tempos.
Obviamente que os serviços públicos custam dinheiro. Muito. Verdade também que os contribuintes terão pouca disponibilidade para pagar mais impostos que permitam manter toda a estrutura do aparelho do Estado tal como a conhecíamos. Mas não é menos verdade que portugueses que ficam mais distantes de serviços essenciais deviam pagar menos impostos. Até porque, se são tão poucos que não se justifica a manutenção desses serviços, a quebra da receita fiscal também não será assim tão significativa.
Ah, pois, mas é capaz de haver um problema. Dois, quase de certeza. O governo não quer e a constituição não permite um tratamento fiscal diferenciado entre cidadãos em função de critérios como o local de residência. É que isto de sermos todos iguais – quer perante quem nos governa quer perante a chamada lei fundamental - é uma grande treta.

domingo, 27 de abril de 2014

O 25 de Abril de 1974 foi uma coisa muito linda. Merecia era um bocadinho de mais respeito e de menos baboseiras

Ainda bem que esta quadra festiva do 25 de Abril já passou. A pachorra para ler e ouvir tanta baboseira acerca desta data estava mais que esgotada. Principalmente quando os autores das tiradas, como sucedeu relativamente à maior parte das alarvidades, têm tanto conhecimento do que foram aqueles tempos como eu de cozinha tchetchena.
Sucederam-se durante estes dias as comparações entre o que é o país agora e o que era em 1974. É, obviamente, muito diferente. Teria, forçosamente, de ser. Fossem quais fossem as circunstâncias. Até porque há muito, com golpe de Estado ou com uma transição à espanhola, que nos teríamos livrado do regime anterior.
Uma das comparações mais idiotas entre o antes e o agora foram as vias de comunicação. Nomeadamente a magnifica rede de estradas e auto-estradas de que, hoje, o país está dotado em contraste com o que havia naquele tempo. Culpar os capitães de Abril por isso acho manifestamente injusto. Prefiro responsabilizar o Ferreira do Amaral, o Cravinho, o Guterres, o Cavaco e o Sócrates por essa desgraça que agora estamos a pagar. Entre outros. Senão também terei de atribuir culpas ao 25 de Abril por na minha terra já não existir, como antes, um hospital. Com, inclusivamente, maternidade. Ou por o comboio já não passar por aqui. Ou por ter perdido metade da população.
Naturalmente que tudo é comparável. Atribuir a razão de todas as diferenças a um acontecimento como o 25 de Abril é que é parvo. Ou, então, simplesmente fruto da ignorância.

sábado, 26 de abril de 2014

Gajas nuas na praia?! Nem pensar. Já cães não faz mal nenhum.


Que as pessoas – o javardo da camisola branca na foto, por exemplo - queiram ser iguais aos seus cães ou que os cães sejam iguais a eles é coisa que me importa pouco. Nada, até. Agora que pretendam impor esse parvo conceito de vida aos outros – a mim, nomeadamente – já é outra conversa. Levar a canzoada para a praia é, para além de proibido, algo que alguém dotado do mínimo de senso comum não devia fazer. Nem é preciso explicar porquê. Mas vá lá fazer entender isso a certos cabeçudos. Ou aquilo a que convencionámos chamar autoridades. Se estivesse ali alguém todo nú, isso sim, é que era motivo para aplicação de uma coima. Aliás, toda a gente sabe que gajas nuas numa praia representam um perigo muito maior para os restantes utilizadores do que qualquer saco de pulgas que por ali seja passeado. 

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Calimeros de Abril

Este comentário a um post publicado aqui no Kruzes, acerca do incomodo revelado por alguns comerciantes na hora de passar factura com NIF, é de deveras pertinente e suscita uma questão para a qual a generalidade dos portugueses não está devidamente atenta. É que isso da cidadania não é, ao contrário dos que enchem a boca com “Abril” pretendem fazer crer, apenas para os direitos mas, em idêntica proporção, também para os deveres.
Gozem, ignorem e continuem a choramingar os cortes nas reformas, nos vencimentos, do IRS demasiado elevado e a lamentar a ganancia dos mercados. Esses malandros. Que por acaso até são, em grande parte, a segurança social que paga as vossas reformas ou o banco que gere a vossa poupança. Enquanto formos condescendentes com os que vivem nas margens da legalidade e nos recusarmos a exercer, de facto, a cidadania apenas teremos o que merecemos. Apesar de Abril e de Novembro.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Trambalazanas Free


Tal como era expectável o tal negócio de que há mais de dois anos se falava na Internet deu o berro. A bem dizer a coisa nem era bem um negócio. Era mais um esquema. Manhoso, por sinal. Como geralmente acontece nestas actividades terá sido óptimo para os primeiros, bom para os espertos e tramado para a maioria. Os parvos. Os que pensam que a vida se ganha facilmente. Quanto a estes recuso-me a manifestar qualquer espécie de solidariedade ou compreensão para com o momento difícil que, acredito, estejam a passar em termos financeiros em consequência da aposta que fizeram neste esquema. Tenham paciência mas é preciso ser um grande trambalazanas para, além de gastar todas as economias, recorrer ao crédito para se meter nesta coisa dos não sei quantos free. 

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Não gostam de porco? Comam as batatas...


Tal como temiam todos os democratas – os de cá e os de lá - as nefastas consequências da conquista de algumas câmaras municipais, pela Frente Nacional já se começam a fazer sentir. Nomeadamente no que toca aos menus servidos nos refeitórios das escolas públicas. Parece que, para agradar aos muçulmanos, a carne de porco estava excluída das refeições fornecidas aos alunos. De ora em diante, diz, vai deixar de ser assim. Há que garantir a laicidade do ensino. E isso da laicidade não se aplica apenas aos crucifixos, cuja retirada das escolas portuguesas foi muito – e bem – defendida pelos partidos de esquerda. Também serve para os morfes. Afinal, bem vistas as coisas, as diferenças entre a Frente Nacional lá da França e as nossas esquerdas não são assim tão grandes. 

domingo, 20 de abril de 2014

Estacionamento tuga

Lugar para estacionar é coisa que não falta na zona da estação dos autocarros cá do sitio. É uma área moderna, com parques por todo o lado e passeios largos. Arejada, como diria o outro que tinha a mania que era comentador desportivo.
Ainda assim, para o tuga que se preza, parece não chegar. Daí a necessidade de aparcar o carro mesmo, mas mesmo, à porta do do tasco. Nem, de certeza, a mine que foi emborcar lhe saberia tão bem se tivesse deixado a porra do chaço no sitio devido.
Para os que não conhecem, o bar fica na esquina e a viatura está, no máximo, a dois metros da esplanada.

sábado, 19 de abril de 2014

Oferece-se cão?!

Não tenho por hábito andar por aí a surripiar coisas. Nem, sequer, textos de outros bloggers. Prática que, diga-se, acho condenável. Mas a este não resisto. E se não coloco o link é porque a gaja que tem a mania, assim se auto-denominava a autora da prosa, há muito tempo que fechou o blogue. Onde, lamentavelmente, apenas escreveu três posts. A julgar pela amostra, a coisa prometia.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

"Liberdade é também... quando uma gaja se vem!"

Todos os anos por esta altura se fazem nas televisões, nas rádios, nos jornais e nos blogues grandes e pequenas dissertações sobre o antes e o depois do 25 de Abril. Por norma enaltece-se a liberdade que antes não havia, reafirma-se a infelicidade, a tristeza e o cinzentismo com que então se vivia e, no meio de uns quantos lugares comuns, salienta-se a beleza de uma “revolução” que, da noite para o dia tudo alterou. Pelo meio, como se fossem verdades absolutas, dizem-se e escrevem-se uns quantos disparates. Vindos, principalmente, daqueles que à época ainda não eram nascidos mas que por terem lido umas coisas sobre o assunto se acham donos da verdade histórica.
Pena que, por norma, se esqueçam dois temas marcantes. A guerra colonial, antes do 25 de Abril, e a tentativa de implementação de uma ditadura comunista logo a seguir ao golpe de Estado. O primeiro porque era, mais do que tudo o resto, a preocupação da esmagadora maioria das pessoas. Praticamente não havia ninguém que não tivesse um familiar ou amigo nas colónias. Por muito que isso custe a muita gente, na altura, qualquer mãe estava muito mais preocupada com a guerra do que por não poder ir a Badajoz comprar caramelos sem autorização do marido. Não admira, por isso, que o fim do conflito militar tenha sido considerado por quase todos como a principal conquista de Abril.
Não deixa, também, de ser estranho que ainda hoje se procure branquear a sucessão de acontecimentos, vulgarmente conhecida por PREC, que se seguiram à revolução dos cravos. Houve quem quisesse impor outra ditadura aos portugueses mas, vá lá saber-se porquê, parece que existe medo de tocar no assunto. Prenderam-se pessoas, roubaram-se bens, destruiu-se o tecido produtivo e descapitalizou-se o país. Se nos escapámos de pior podemos agradecer ao Mário Soares e ao Partido Socialista. Foi, ao que me lembro, a última coisa de jeito que fizeram pelos portugueses.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Factura da sorte

Está quase aí o primeiro sorteio “Factura da sorte”. Lamentavelmente apenas tenho 25 cupões. Comprei pouco e barato, que sou pouco dado a essas coisas do consumismo.
Com um número tão reduzido de cupões e o azar que tenho ao jogo, o Audi há-de sair a outro que não a mim. Mas, desde já, manifesto toda a disponibilidade para socorrer o desgraçado a quem sair. O infeliz que tenha a pouca sorte de lhe sair o carro pode – e deve – contactar-me. Estou cá para o ajudar. Pode entregar-me a viatura que, em sinal de reconhecimento, pago-lhe um cafézinho. 

terça-feira, 15 de abril de 2014

Cidadão exemplar

Isto do Estado Social e dos apoios sociais tem muito que se lhe diga. Há-os de todas as espécies, para todas as circunstâncias. Até para as mais inusitadas. Só um individuo, segundo noticia o Diário de Noticias, estará a beneficiar de apoio judiciário por parte de cento e quarenta advogados. Pagos Segurança Social porque o dito cujo não terá condições económicas para contratar quem o defenda.
Não vou defender o abate sumário do espécime em questão. Nem, sequer, considerar que se trata de um parasita que há muito devia ter sido erradicado. Longe de mim pensar em fazê-lo. Se ousasse ir por esse caminho ao ser em questão depressa seria disponibilizado o centésimo quadragésimo primeiro causidico que, certamente, trataria de me processar por difamação, intolerância ou qualquer outro desses crimes modernaços paridos pela ditadura do politicamente correcto.
Duas coisas, apenas duas, me atormentam. A primeira é que ninguém ainda se tenha lembrado de pôr cobro a isto. Principalmente quando tanto se fala em gorduras do Estado. Isto, não há como discordar, é do mais gorduroso que há. A outra é a dificuldade que certa intelectualidade tem em aceitar que estes casos existem, que são muitos mais do que aquilo se se vai conhecendo e que não têm um peso assim tão negligenciável como querem fazer crer. 

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Desculpem qualquer coisinha...mas o que é que querem, eu também não gosto de pagar impostos!

Ontem, por volta da uma da tarde, um determinado estabelecimento comercial da área da restauração estava cheio. Repleto de clientes que, um a um, iam pagando os morfes que devorariam uns minutos depois no recesso de seus lares. O décimo freguês – o único chato que por ali se encontrava – pede factura com número de contribuinte. A funcionária arregala os olhos, engana-se sucessivas vezes, justifica a falta de prática por ninguém pedir factura com número de contribuinte e os restantes clientes impacientam-se com a demora. Culpa-se a máquina, a burocracia, as finanças mais essa parvoíce do carro e, mal o gajo que pediu a factura cruze a porta em direcção à rua, o paspalhão armado em bufo que tem a mania de se armar em fiscal. Ou pide. Ou outra coisa qualquer igualmente reprovável do ponto de vista dos labregos que se ufanam de não alinhar nessa coisa das facturas.
Por esta altura já quem me lê terá identificado o gajo que pediu a factura. Eu, obviamente. Que pouco me importo com os incómodos dos outros. Principalmente daqueles que enchem a boca de “cidadania” e outros conceitos manhosos, mas que, quando toca a exercê-la naquilo que realmente importa, preferem ficar do lado de quem se esquiva ao cumprimento dos deveres de cidadão. 

sábado, 12 de abril de 2014

A ver passar...nada.

Por aqui já passaram comboios. Hoje, se o desvario despesista não tivesse abrandado, passariam bicicletas. Onze quilómetros de ciclovia no meio de nenhures estiveram – ou estão, sei lá – projectados para este percurso. Não se sabe se os contribuintes portugueses e europeus irão ou não financiar, um dia, esta ideia. Se não o fizerem o mato continuará a tomar conta deste troço de via férrea desactivada entre Estremoz e Vila Viçosa.
Surpreendente é o facto de, após tantos anos de abandono, os carris continuarem no mesmo sitio. São muitas toneladas de metal ali mesmo à mão. Estranho, pois, que nem a malta das carrinhas brancas nem o gajo dos robalos ainda não o tenham recolhido.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Guterres o melhor primeiro ministro?! Pois... e Paulo Fonseca é o melhor treinador do mundo...

Nada aprendemos com as dificuldades que estamos a passar. Não que isso seja algo de muito surpreendente – o povo é burro por natureza – mas, ainda assim, dá que pensar. Vem isto a propósito, desta vez, de uma sondagem que dá António Guterres como o melhor primeiro ministro que o país conheceu em democracia. O mesmo que Sousa Franco, que até foi seu ministro das finanças e insuspeito quanto à sua capacidade de análise, qualificou como o pior primeiro ministro desde D. Maria II.
O homem, a par de José Sócrates, foi dos maiores gastadores de dinheiro de que há memória. É, como ele próprio já reconheceu, um dos responsáveis pela triste situação em que o país se encontra mas, apesar de tudo, os tugas acham-nos o melhor chefe de governo desde o 25 de Abril! Palavras para quê?!
Tenho curiosidade em saber em que lugar surge Vasco Gonçalves. Suspeito que deve ocupar um dos lugares cimeiros na preferência dos inquiridos. O último, por estranho que pareça, não lhe cabe. Pertence a Durão Barroso. Também não está mal entregue, diga-se.

Transparência sim, mas só se não puser em causa as amplas liberdades e garantias duramente conquistadas com o 25 de Abril pelos corruptos e outros criminosos

Já se sabia que isso de reproduzir publicamente informação publicada em sites oficiais e, supostamente, destinada a ser do conhecimento publico, pode ser considerado crime. De difamação ou de outra coisa qualquer que esteja mais à mão de quem tem poder para decidir se determinado comportamento é, ou não, criminoso. Sendo assim essa coisa da transparência não tem utilidade nenhuma. Mais vale, portanto, fechar todos os portais oficiais onde se publicam os actos da administração e, com isso, poupar o dinheiro do contribuinte. Se é para ninguém poder dizer nada acerca do que lá está exposto à vista de todos, então para que servem?! É por estas e por outras – mas principalmente por estas – que concordo com a malta da esquerda quando garantem que este país está a voltar aos tempos de antes do 25 do A. Só que a ditadura agora não é de direita nem de esquerda. É a do politicamente correcto e das amplas garantias constitucionalmente consagradas aos cidadãos. Por mais corruptos e criminosos que sejam. Daaassssssss.

PS – Não me apetece mencionar casos concretos. São conhecidos uns quantos. Quem tiver paciência e curiosidade que os procure no Google.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Não, não acho bem isso de aumentar o salário mínimo.

Quem tem a paciência de me ler com alguma regularidade sabe que sou contra os baixos salários, os cortes, os impostos elevados e todas essas coisas que contribuem para um fraco poder de compra e uma baixa qualidade de vida. No entanto, pela forma como se pretende implementar a medida, não concordo com o aumento do salário mínimo nacional. Não agora. Não nestas circunstâncias.
Será uma opção muito popular. Melhorar o rendimento de quem ganha menos é uma coisa simpática. Mas tomar decisões motivadas pela emoção não é boa ideia. Principalmente quando, como é o caso, em causa estão questões relacionadas com dinheiro. Daí que o estranho consenso que rodeia este assunto não deixe de me surpreender. É que, não sei se alguém ainda se recorda, há pouco mais de três meses foram feitos cortes brutais nos ordenados e, mais dia menos dia, o cenário vai repetir-se. Em vencimentos, recorde-se, a partir de seiscentos e setenta e cinco euros. Pouco acima, portanto, daquilo que agora pretendem aumentar. Parece, mas pelos vistos é só a mim, que é capaz de existir aqui alguma inconsistência...
Há, depois, outra questão provocada pelo aumento do SMN que ninguém discute. O aumento da despesa pública que alguém vai ter de pagar. É que no Estado existe muita gente com vencimentos entre os quatrocentos e oitenta e cinco e os quinhentos ou quinhentos e quinze euros que se pretendem como novo valor do SMN. Que, naturalmente, terão de ver as suas remunerações actualizadas. 

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Direitos de passagem?! Ninguém me paga nem tão pouco pediu licença!



Não gosto de pagar impostos. É uma coisa que me aborrece. Uns mais que outros, é certo. Por que se em relação ao IRS ou ao IVA, por menos que se goste, a razão da sua existência é evidente, outros há que não lembram a ninguém. Ou melhor, lembram à corja que nos governa. Estes, os que estiveram antes e os outros antes deles.
Para além do IMI, a que fiz referência noutro post, a TMDP – taxa Municipal dos Direitos de Passagem – que pagamos na factura dos serviços de telecomunicações, constitui outro exemplo da indigência intelectual de quem nos tem governado. Nem está em causa a quantia. É ridículo – não passa de uns cêntimos por mês – e para as autarquias, que são as destinatárias finais desta receita, representa um valor residual nos respectivos orçamentos. A teoria que presidiu à criação desta taxa é que é absolutamente estúpida. Atente-se nisto. Os cabos passam sobre o meu quintal e podem, até, causar-me algum tipo de estorvo mas, ainda assim, eu é que pago a taxa. Não devia ser ao contrário? Eles a pagarem-me a mim por utilização do meu espaço aéreo? 

domingo, 6 de abril de 2014

Isto sim é que um assunto fracturante. Atrevo-me a dizer polifracturante, até.

Uma estação de televisão emitiu ontem uma reportagem acerca de uma família – constelação familiar, como se autodenominam – poliamorosa. Ou seja, um grupo de pessoas que vivem juntas ou se juntam de vez em quando, fornicam umas com as outras e que têm liberdade e consentimento da alegada família para fornicar com quem muito bem lhes apetecer. Pertença ou não ao alegado grupo familiar poliamoroso.
Pode, assim à primeira vista, parecer confuso. Mas não. Aparentemente a coisa funciona. E, acrescento, afigura-se-me que no actual contexto este modo de vida pode contribuir de forma decisiva para a melhoria da situação social, económica e financeira do país. Como e porquê? É só pensar um pouco, começar a fazer contas e as respostas surgirão naturalmente de tão evidentes que são.
Também no plano jurídico esta deve ser uma prioridade para os nossos legisladores. Uma nova causa fracturante, mesmo. Nomeadamente para o Bloco de Esquerda e o Partido Socialista. De resto se dois paneleiros podem casar e, um dias destes, adoptar crianças, não encontro nenhuma explicação racional para que um gajo e quatro gajas não possam fazer o mesmo. Ou três gajos e duas gajas. Ou cinco gajas, oito gajos e três paneleiros. Tudo ao molho, claro. 

sexta-feira, 4 de abril de 2014

É a facturazinha do IUC e do IMI que acabei de pagar, se faz favor.

Março foi o mês de pagar o IUC. O selo do carro, como o pagode lhe continua a chamar. Abril vai ser o IMI. Que, lamento desapontar os autarcas que me lêem, é o imposto mais estúpido que existe em Portugal e seguramente – digo-o com assumido desconhecimento de causa – dos mais idiotas que existirão por esse planeta fora. O imóvel, coitado, está ali sem fazer estorvo a ninguém – aliás, se fizesse não seria licenciado – não está a consumir recursos públicos, ocupa um espaço privado, mas, ainda sim, tem de pagar imposto. Elevadíssimo, por sinal. É, portanto, uma refinada roubalheira. Contra a qual, estranhamente, não vejo ninguém protestar. Ao contrário do que fazem certos bandos organizados acerca de outras questões menores. Nem vejo os indignados das redes sociais – leia-se Fuçasbook – manifestar a mais viva repulsa contra este gamanço de que quase todos somos vitimas. Devem estar muito ocupados a destilar indignação por o fisco ir sortear carros. Isso sim um problema realmente importante, como todos sabemos.
A propósito – e porque isto anda tudo ligado - será que a Autoridade Tributária vai emitir factura do IUC e do IMI?!

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Sei o que fizeste na legislatura passada

António José Seguro não é um líder carismático. Está, até, muito longe disso. Mas tem ideias. Muitas, mesmo. Geralmente dispendiosas, como quase todas as ideias que provêem de qualquer socialista que se preze. Mas o homem, reconheça-se, está muito mais comedido do que os seus antecessores. Não promete acabar com os pobres nem criar empregos aos milhares. Fica-se pela intenção de, no espaço de uma legislatura – a sua – acabar com os sem-abrigo. Apesar de ser ainda desconhecido o método a utilizar para concretizar tão voluntariosa e ciclópica tarefa, presumo que a coisa envolva a distribuição massiva de abrigos a quem não os tem.  Destes, provavelmente. Doutros nem ele acredita que seja capaz.

terça-feira, 1 de abril de 2014

Às tantas ficaram em casa a ver gajas nuas na internet...

Havia ontem quem lamentasse que uma manifestação de reformados não tenha tido mais do que meia dúzia de participantes - parece que eram mesmo seis – quando pelo facebook teriam sido mais de sete mil os que manifestaram intenção de ir para a rua protestar contra o corte nas reformas e essas coisas. Terá sido, provavelmente, a chuva que caiu copiosamente sobre Lisboa a grande responsável pela fraca mobilização. Ou, se calhar, um conjunto de outras coisas que agora não vêm ao caso.
O que vem ao caso é isso do facecoiso. Faz-me confusão, o que é que querem. Por que raio sete mil almas, com idade para ter juízo, foram enganar os organizadores do protesto?! Pior. Talvez tenham até provocado alterações na agenda do Jerónimo, da Catarina e de outros figurões sempre prontos a aparecer nestas coisas para expressar o quanto estão solidários com quem se manifesta. Não se faz. O mundo está perdido.