domingo, 28 de abril de 2013

Anda por aí uma malandragem...


Tenho alguma dificuldade em perceber o objectivo de certos roubos. Furtos, vá. Os motivos porque alguém arrisca, se apanhado com a mão na massa, levar uma tareia para furtar ninharias constitui desde sempre um enigma apenas vagamente justificado pela imbecilidade do meliante.
Não estou a pensar em quem rouba uma lata de atum ou um pão porque tem fome. Embora, na generalidade dos casos em que isso acontece, quase sempre se faça um drama quando a realidade, na maioria das circunstâncias, apresente uma configuração bastante diferente.
Recordo-me, por exemplo, quando há trinta anos atrás a malta ainda era pobre e andava de motorizada. Daquelas de barulho irritante e acessíveis a todas as bolsas que pouco tinham a ver com estas todas sofisticadas e caríssimas que agora por aí circulam. Nesse tempo roubavam-se, nunca soube porquê, as tampas dos depósitos de gasolina das motoretas. Apesar de, mesmo para a época, o preço ser praticamente insignificante chegavam a gamar dúzias delas de uma só vez.
Neste fim-de-semana prolongado furtaram os tampões das rodas – embelezadores, parece que é assim que se diz - do meu rodinhas. Ao meu e a mais uns quantos automóveis estacionados no mesmo parque. Uma parvoíce, porque aquilo não vale nada. Um conjunto de quatro coisas daquelas custa nove euros e noventa no Continente. Duvido, por isso, que algum esfomeado ou vitima das politicas de direita e da sociedade capitalista – expressões que ficam sempre bem para justificar a pequena criminalidade - consiga matar a fome, sua ou dos seus, com o que me gamou. Mas que lhes façam bom proveito. A ele e ao Belmiro.

1 comentário:

  1. Pois é amigo, dizes tu que não valem nada...agora multiplica 4 por milhares, pois tem sido uma constante...e o mal é haver receptores...e sempre dá para as doses de drogas necessárias.

    Deveriam era roubar as dos carrões dos políticos, familiares e amigos e havias de ver se tudo não mudaria.

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